ALIMENTAÇÃO SAÚDAVEL E A DIFICULDADE PARA TORNA-LA REAL INCLUSÃO DA AGRICULTURA FAMILIAR NA ATENÇÃO PRIMÁRIA
Palavras-chave:
Promoção da Saúde, Agricultura Familiar, Atenção Primaria a Saúde, Serviços de Saúde EscolarResumo
O Guia Alimentar para a População Brasileira (GAPB) apresenta diretrizes alimentares regulamentadoras para uma alimentação adequada e saudável. Nas escolas esse programa tem força, devido legislação prevista, e ainda pode contribuir na consolidação da agricultura familiar em comunidade carente. O presente trabalho foi realizado por meio do estudo exploratório na literatura que abordasse a temática alimentação saudável e agricultura familiar. A partir da análise dos artigos foi identificado mecanismos potencialmente integradores entre a saúde e a educação onde foi destacado pontos negativos e assertivos dos programas que podem afetar nas condições de vida dos escolares. Em âmbito municipal, o planejamento das ações nutricionais corresponde a um conjunto de fatores, onde as tensões observadas ao longo do processo de implementação dos programas alimentares, as necessidades de planejar políticas de forma integrativa tem demandado arranjos institucionais e processos políticos inovadores para estados e municípios. Portanto, os arranjos experimentados carecem de abordagem integrada voltada às soluções articuladas que resultem em mudanças substantivas das carências nutricionais, onde a alimentação saudável deve estar sempre ligada a atenção primaria.
Referências
ARAÚJO, R. L. M. S. et al. Condições de vida, saúde e morbidade referida de comunidades quilombolas do semiárido baiano, Brasil. Revista Baiana de Saúde Pública, Salvador, v. 43, n. 1, p. 226-246, 2019. DOI: 10.22278/2318-2660. 2019.v43.n1.a2988.
ALVES KR, MARQUES RJR, MAGALHÃES KA, LOPES ACS.Proposta metodologica para desenvolvimento de grupos para promoção da alimentação adequada e saudável. Res Soc Dev 2021; 10(11):e469101119883.
BRASIL. Decreto no 6.286, de 5 de dezembro de 2007. Institui o Programa Saúde na Escola--PSE, e dá outras providências. Diário Oficial da União 2007.
BRASIL. Dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar e do Programa Dinheiro Direto na Escola aos alunos da educação básica. Diário Oficial da União 2009;
BRASIL. Departamento de Atenção Básica, Secretaria de Atenção à Saúde, Ministério da Saúde. Programa Nacional de Suplementação de Ferro: manual de condutas gerais. Brasília: Ministério da Saúde; 2013.
BRASIL. Ministério da Saúde (MS). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira. 2a ed. Brasília:
MS; 2014.
BRASIL. Departamento de Atenção Básica, Secretaria de Atenção à Saúde, Ministério da Saúde. Estratégia de fortificação da alimentação infantil com micronutrientes (vitaminas e minerais) em pó – NutriSUS: manual de operacional. Brasília: Ministério da Saúde; 2015.
BRASIL. Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Alimentos e bebidas ultraprocessados na América Latina: tendências, efeitos na obesidade e implicações para políticas públicas. Brasília: OPAS; 2018.
BEGOSSI, A. et al. Consumo de peixe na Amazônia: uma revisão das questões de biodiversidade, energia hidrelétrica e segurança alimentar. Revista Brasileira de Biologia, São Carlos, v. 79, n. 2, p. 345-357, 2019.
BORTOLINI GA, Pereira TN, Nilson EAF, Pires ACL, Moratori MF, Ramos MKP, Silva AS, Carvalho MFCC, Bressan LA, Faller LA. Evolução das ações de nutrição na atenção primaria a saúde nos 20 anos da Política Nacional de Alimentação e Nutrição do Brasil. Cad. Saúde Pública 2021; 37:e00152620.
CORRÊA, N. A. F.; CARDOSO, L. F. C.; SILVA, H. P. Comida de quilombo na merenda escolar: interfaces entre a cultura alimentar e o Programa Nacional de Alimentação Escolar. Amazônica: Revista de Antropologia, Belém, v. 12, n. 1, p. 145-163, 2020.
DIAS PC. Convergência de ações para o espaço escolar: articulação entre saúde e educação na construção de estratégias intersetoriais de prevenção e controle do sobrepeso e obesidade em Niterói [Tese de Doutorado]. Rio de Janeiro: Universidade Federal Fluminense; 2016.
HORTA RL, Andersen CS, Pinto RO, et al. Promoção da saúde no ambiente escolar no Brasil. Rev Saúde Pública. 2017.acesso em 29 mai 2024; 51:1-12. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rsp/a/9wNcrJR3 jRgGfKGGrxQGGSP/?lang=pt.
KAUR, Randeep. 2021. "Estimando o impacto de programas de alimentação escolar: evidências do esquema de refeições do meio-dia da Índia". Economia da Educação Revista 84: 102171.
KROTH, D. e F. Gonçalves. 2019. “O impacto dos gastos públicos municipais sobre a qualidade da educação: uma análise de variáveis instrumentais entre 2007 e 2011”. Planejamento e Políticas Públicas, 53.
LUCENA ALN, Bezerra MS, Cardoso LRC, Sil - va KC, Pinto SL. Avaliação da adequação nu - tricional da alimentação escolar ofertada em uma escola de tempo integral do município de Palmas, Tocantins, Brasil. Revista Cereus 2017; 9:92-107.
LIMA BB. Efetividade do programa Promocao da Alimentação Adequada e Saudável (PAAS) na Atenção Primária: Educação comunitária controlada randomizada. Ouro Preto: Universidade Federal de Ouro Preto; 2021.
NORTE, D. C. Instituições. Revista de Perspectivas Econômicas, Londres, v. 5, n. 1, p. 97-112, 1991.
OLIVEIRA, E. C. V.; MADRUGA, F. P.; OLIVEIRA, A.; JAGHER, A. Alimentação escolar em creches: pobre em macro e micronutrientes. Nutrição Clínica, [s.l.], v. 43, p. 28-41, 2022.
OLIVEIRA, B.; et al. Benchmarking global da exposição de crianças à publicidade televisiva de alimentos e bebidas não saudáveis em 22 países. Obesity Reviews, v. 20, 2019, p.116-128.
OCDE. 2019. "Resultados do Pisa, Brasil". Nota do país I-II. Acesso em 29 mai 2024. Disponível em https://www. oecd.org/pisa/publications/PISA2018_CN_BRA.pdf.
POPKIN B. Impactos dos alimentos ultraprocessados na saúde, 2030. Alimentação, agricultura e desenvolvimento rural na América Latina e Caribe, Santiago, Chile: Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura; 2020.
REIS, D. S. M. Guia alimentar para a população brasileira: deficiências no diálogo entre o Estado e a sociedade. In: MATOS, H.; GIL, P. Comunicação, políticas públicas e discursos em conflito. São Paulo: ECA-USP, 2019. p. 77-117.
RUMOR P. C. F., Schulter I. T., Heidemann B., Souza J. B. de Manfrini G. C., Souza J. M. de. Programa Saúde na Escola: potencialidades e limites da articulação intersetorial para promoção da saúde infantil, Rio de Janeiro, Revista SAÚDE DEBATE, V. 46, N. Especial 3, P. 116-128, 2022.
SANTANA, M. O.; Analisando o marketing persuasivo de alimentos ultraprocessados na televisão brasileira. Revista Internacional de Saúde Pública, v. 65, n. 7, 2020, p. 1067-1077.
SOARES, P.; OLIVEIRA, S. S.; RIBEIRO, R. K.; OLIVEIRA, M. B.; OLIVEIRA, M. C.; CAVALLI, S. B. Programa Nacional de Alimentação Escolar como promotor de sistemas alimentares locais, saudáveis e sustentáveis: Avaliando a implementação financeira. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 23, n. 12, p. 4189-197, 2018.
TOSO BRGO, VIERA CS, FURTADO MCC, et al. Ações de Enfermagem no cuidado à criança na atenção primária durante a pandemia de COVID-19. Rev Soc Bras Enferm Ped. 2020. acesso em 29 mai 2024; 20(esp):6-15. Disponível em: https://journal.sobep. org.br/article/acoes-de-enfermagem-no-cuidado- -a-crianca-na-atencao-primaria-durante-a-pandemia-de-covid.
TASCA R, MASSUDA A, CARVALHO WM, BUCHWEITZ C, HARZHEIM E. Recomendações para o fortalecimento da atenção primaria a saúde no Brasil. Rev. Panam Salud Publicações 2020
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 REVISTA CIENTÍFICA FADESA

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.


