ADMINISTRAÇÃO DE DROGAS VASOATIVAS PELA ENFERMAGEM EM UTIS: DESAFIOS, ERROS E ESTRATÉGIAS DE SEGURANÇA
Palavras-chave:
Atenção Primaria a Saúde, Erros de Medicação, Unidade de Terapia Intensiva, Agentes VasoativosResumo
O presente estudo teve como objetivo identificar as causas de erros e iatrogenias relacionadas à equipe de enfermagem na administração de drogas vasoativas em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), enfatizando a segurança do paciente, seu tempo de internação e evolução clínica. Como método, foi realizada uma revisão integrativa da literatura, com busca em bases nacionais e internacionais, considerando artigos publicados entre 2020 e 2024, filtrados por texto completo e relevância, resultando em oito estudos incluídos. Nos resultados, observou-se que pacientes em uso de drogas vasoativas apresentam elevado grau de gravidade, múltiplos dispositivos invasivos e maior prevalência de comorbidades, sendo a noradrenalina a droga mais utilizada, seguida de outras catecolaminas, enquanto a epinefrina se associou a maior mortalidade e eventos adversos. Foram identificadas lacunas de conhecimento da equipe sobre diluição, compatibilidade, taxas de infusão e monitorização, associadas a incidentes e erros de medicação. Além disso, fatores organizacionais, como sobrecarga de trabalho, falhas de comunicação e infraestrutura inadequada, também contribuíram para riscos. Na discussão e considerações finais, conclui-se que a combinação de protocolos claros, educação continuada, liderança qualificada e monitorização intensiva constitui pilar central para a segurança do paciente em UTIs, reduzindo incidentes e aprimorando a qualidade da assistência.
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